segunda-feira, 6 de outubro de 2014

Marketing: Os interesses humanos na prática

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Por: Samuel Assis    Em: 01/10/2014

 Em meio a tanta idealização do desejo humano, vem uma ciência que com um objetivo diferente se mostra ser mais eficiente: o marketing. Se uma estratégia de marketing funciona, significa que ele conseguiu, de certa forma, gerar ou satisfazer um desejo/necessidade humana em um certo período de tempo. Poderíamos dizer então que marketing pode ser um conjunto de esforços previamente pensado, afim de atingir um público-alvo, para  gerar nele as impressões que servirão ao interesse de quem o praticou, em um dado momento.

Isso pode ser aplicado de inúmeras formas: para vender um produto, ofertar um serviço, marketing pessoal, político, intelectual, moral, conseguir fiéis, etc...

Ao longo da história vimos o povo defender qualquer tipo de regime totalitário em troca de saúde, educação e segurança por exemplo, desde fascismo, nazismo até ditaduras socialistas. Sempre existiu uma grande campanha de marketing ideológico em favor do interesse desses grupos, e como acredito que a condição humana não muda nada por que nos  “modernizamos”, há uma tendência do povo de apoiar regimes semelhantes no futuro.

Atualmente, podemos perceber a aplicação do marketing pessoal ao entrar no facebook e ver pessoas defendendo causas (por exemplo), geralmente se utilizando de chavões que já passam ao remetente uma imagem prefixada de ideias presentes em atmosferas de discussão, prejudicando a própria capacidade de pensamento. Hoje todos choram a fome da África e esquecem a pessoa que está ao seu lado. As pessoas já possuem a palavra “ética” na ponta da língua, já não dá mais para acreditar em quem se diz ético. Parece que entram numa luta do “bem” contra o “mal” e com isso ganham mais curtidas. São tempos de vaidade.

Claro que muitas pessoas estão atentas a isso (nem sempre de forma consciente) e conseguem criar armas em favor do seu interesse sendo ele bom ou ruim. Muito se poderia aprender com o estudo do marketing como ciência, tendo como fundo a ideia de Nietzsche sobre vontade de potência.

A vontade de poder ou potência é o estudo das forças (instintos, por exemplo: comer) onde cada uma dessas forças busca sua  auto-expansão (dominação). Em meio a isso vemos um choque de forças que se relacionam e tentam se adaptar as novas variáveis que vão surgindo. Por exemplo, no passado os homens caçavam animais para sobreviver e assim saiam vitoriosos (dominavam) enquanto alcançavam seu  objetivo, o animal caçado dominava quando conseguia sobreviver e se reproduzir. Empresas concorrentes buscam dominar o mercado e “eliminar” o concorrente. Com esse pensamento, sempre encontramos um interesse por trás de nossas ações.

O marketing, mais que um processo, pode nos dar os sintomas práticos necessários para estudos sobre o nosso comportamento, nossos interesses, nossa condição humana, inclusive do ponto de vista evolutivo da espécie.


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