Por: Rafael Casagrande Em: 04/10/2014
O Neuromarketing tem sua ação subjetiva dentre as percepções do consumidor e é aí que está a “mágica”, simplesmente por transcender um bocado dos 4 P’s e os demais métodos tradicionais, (em hipótese alguma irrelevantes, ou dispensáveis) que são o “arroz com feijão” de qualquer profissional da área. Mas, se tratando do Comércio Exterior e mercado global - que flui sob um aspecto de contrastes culturais, sociais e econômicos.
A Neurociência aplicada ao
desenvolvimento de um produto a ser exportado para a China, por exemplo:
dá jogo? Considerando-a como algo exato, dá. Claro que dá. Morando em
Cingapura no ano passado, eu convivia com o mercado “frenético” e o
comércio desenfreado do Sudoeste Asiático. Diariamente era recepcionado
pelos bombardeios publicitários do país, entre serviços e bens de
consumo. Sim, os chineses sabem vender. Ainda que a população oriental
possua uma característica um tanto conservadora na sua maioria, lá, eles
agradam desde o público alternativo da Geração X e Y, até aos mais
conservadores. Tem produto "neuromarketizado" pra todo mundo.
E funciona. Não é redundância afirmar
que toda àquela miscigenação de Malásia, China e Índia juntas, que
formam a população, possui um dos mercados que mais usufruem do
Neuromarketing, seja através dos “Brainstormings” indianos, ou pela
filosofia de vida dos chineses – ainda que as empresas chinesas tenham
seu foco voltado à produtos e preços – a conclusão que tive foi de que
usam a ferramenta de modo muito eficaz no mercado, pois Cingapura é um
dos países mais consumistas do mundo. E esses dados parecem atrair cada
vez mais a percepção do consumidor, principalmente dos que estiverem
“dispostos a precisar” de alguma coisa.
Gostam de cores, cheiros, luzes
fluorescentes, além de tudo que o Neuromarketing for capaz de perceber
sobre o conceito de necessidade dos “xing-lings” e afins. Talvez o mix
utilizado não seja apenas sob os pilares do Marketing, mas também das
etnias que se tornam um tanto excêntricas ao ponto de “acertarem em
cheio” para entrarem na mente do consumidor de modo tão efetivo.
Lamentavelmente, o Brasil ainda
engatinha no Comércio Exterior e, se tratando do que teríamos de alcance
com as exportações no mercado asiático ou qualquer um desse mundo,
convém a nós o entusiasmo do desafio: Largar as fraldas e o medo de
adentrar no mercado internacional, para tentar entender não só o cérebro
do consumidor local e, sim, todo o contraste de um modo mais subjetivo,
para que nosso produto brasileiro tão declarado de orgulho, assim entre
pela porta da frente do estrangeiro e não permaneça na prateleira por
oferta, mas por demanda. (Ou que pelo menos permaneça através de uma
comunicação assertiva, na mesma “harmonia de marketing” do local em que o
nosso tupiniquim estiver sendo ofertado.)
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