quinta-feira, 18 de setembro de 2014

Neoeleitor definirá as eleições em 2014

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Por: Gabriel Rossi em 22/01/2014

Em 2014 há um diferencial que pode ser decisivo nas urnas de todo Brasil. É a influência mais incisiva de um eleitor renovado, cidadão que está ligado 24 horas por dia e que deixou de ser convencido meramente pela tradicional propaganda eleitoral na televisão e no rádio. Trata-se do neoeleitor - o eleitor moderno, digital e que quer ser surpreendido positivamente e que, cada vez mais, deposita interesse em um "portfólio" restrito de políticos com propostas dinâmicas, visionárias e criativas.

O Brasil tem aproximadamente 130 milhões de eleitores e o acesso à rede mundial de computadores já ultrapassou os 100 milhões de brasileiros. Os números são expressivos e, por si só, já mostram a importância da web para quem deseja se eleger. Mas não é só no tamanho que a internet importa, mesmo porque nas últimas eleições já havia dezenas de milhões de pessoas plugadas em computadores. É também na nova maneira de relacionamento entre as pessoas. Hoje, não há dúvida, as tecnologias digitais acabaram com a "conversa vertical" entre candidato e eleitor.

Antes, o candidato propunha e o eleitor aceitava ou não. Hoje, o dono do voto quer muito mais. Ele se coloca em uma "conversa horizontal" com o candidato. Se o candidato propõe a construção de casas, o eleitor quer saber onde, com qual gasto, como. Se aparece uma promessa de mais qualidade na área da saúde, a preocupação de quem recebe a mensagem é saber se será com a construção de novos hospitais e na contratação de profissionais qualificados ou se é meramente uma proposta sem planejamento.

Os políticos precisam reaprender a forma de ganhar votos. Agora, devem caminhar lado a lado com o eleitor. Quem deseja ter sucesso na campanha precisa ser humilde, não somente na aparência. O eleitor conhece mais de internet do que os candidatos ou os partidos. As "marcas" políticas não podem menosprezar este conhecimento e devem apresentar novas formas de comunicação. Aquele velho processo de perfis em redes sociais nada traz de novo e só obtém êxito com quem tem predisposição a votar no candidato.

Se o político já tem bandeiras fincadas, precisa arrancá-las e mudar. Não é uma indicação, claro, para o candidato ser volátil. Mas ele precisa, sim, viver em constante movimento, precisa ser dinâmico. Se o internauta pergunta via web, precisa de uma resposta cabível, longe do padrão de "respostas prontas". O eleitor precisa ser surpreendido.

Estão os políticos preparados para o neoeleitor? Resposta clara: a maioria não.

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