http://www.revistawide.com.br/marketing/colunistas/publico-curioso-publico-exigente
Por: Bruno Rodrigues em 01/07/2013
Na seara do Marketing de Conteúdo o trabalho sempre deve começar por
quem não tem dúvida em consumir uma informação - se o usuário sabe onde
ela está ou se é exatamente o que ele procura, são efeitos colaterais,
parte do jogo. Neste caso, o impulso de consumir não se discute.
E quando o usuário se depara com um conteúdo e nada garante sua atenção?
Ou um usuário está ali apenas para comparar informações? Ambas são
situações que, aparentemente, não estão nas mãos do produtor de
conteúdo. Em teoria, nada pode ser feito: como incutir vontade ao
usuário, afinal - Ele deseja ou não uma informação, e ponto final.
Ponto final, uma vírgula!
Entre as principais tarefas do Marketing de Conteúdo está justamente a
de provocar o usuário, criar desejos, estimular o consumo. Estamos
falando de Marketing, afinal, não é?
Seja em sites, portais ou redes, a vontade do usuário precisa ser trabalhada.
Diferentemente dos perfis de conteúdo definido e conteúdo indefinido, os
perfis de conteúdo aberto e conteúdo por comparação merecem mais tempo,
raciocínio, ações. São espectros amplos em demasia ou restritos em
excesso para se apostar apenas nos atributos de uma informação. Há que
suar, portanto.
Atenção a cada uma das características destes perfis - note que, apesar de serem polos opostos, há semelhanças entre os dois:
Conteúdo aberto
É um erro grave pensar que um usuário sem rumo é alvo fácil para um
conteúdo. Por não ter noção de que a informação existe, não há espaço
para estratégia alguma ? afinal, como trabalhar um possível 'cliente' se
ele não sabe onde está a 'loja', muito menos o 'produto'?
Há uma distância muito grande entre boa vontade e vontade, e o vácuo que se forma entre um usuário e um conteúdo pode ser fatal.
Por isso clarear a existência de uma informação é essencial. Trabalhe
arduamente a indexação do conteúdo para que o trabalho de SEO não seja
em vão; invista tempo pensando, repensando e testando a arquitetura da
informação do site; aposte em links patrocinados e nas diversas
modalidades inteligentes de publicidade digital.
Não há como gostar de alguém - ou algo, como um conteúdo - se nunca
houve o mínimo contato, seja real ou virtual. Parece óbvio dizer isso,
mas muitas marcas criam conteúdos fantásticos e apostam apenas em seus
atributos e no boca a boca das redes para torná-los visíveis. Não há
branding que garanta o sucesso de um conteúdo em um ambiente infinito e
naturalmente caótico como o digital, apenas porque ele existe.
Contudo, executar a tarefa de clarear uma informação sem embutir no
trabalho as ferramentas certas para despertar o desejo de consumo do
conteúdo é desperdiçar tempo e dinheiro; é como decorar uma matéria no
colégio quando o objetivo é entendê-la.
Por isso, carregue bem as suas ações de visibilidade com os atributos da
informação a ser trabalhada. Embuta neste trabalho os porquês da
informação ser interessante e útil. O desejo é criado a partir daí, do
estalo que surge entre o racional dos 'porquês' e o emocional do 'não
posso viver sem'.
Conteúdo por comparação
'A grama do vizinho é sempre mais verde', diz o ditado, não é? Agora,
imagine esta mesma situação vivenciada a distância: você não mora lá,
está pensando em comprar uma casa, e ambos os gramados são passíveis de
crítica. Há a opção de comprar qualquer uma das casas. Você não é o
vizinho da direita, nem o da esquerda, está acima da disputa, e por isso
não há controle da situação. Você é quem manda.
Assim é o comportamento do usuário que só irá se envolver com um
conteúdo quando tiver analisada a informação por todos os lados, checado
um a um seus atributos, comparado todos os defeitos e qualidades com um
conteúdo semelhante.
O que parece ser uma situação limitada apenas à informação como produto
propriamente dito - um usuário compara dois aparelhos de Blu-ray em
sites concorrentes, por exemplo -, extrapola e muito o espaço do
acirrado e-commerce e invade o campo de todo tipo e formato de
informação.
Hoje, o usuário compara tudo, o que vai da notícia de um portal ao
conteúdo institucional de um site de empresa, do dado que veio do blog
às informações do facebook e do twitter. Sobrevive quem for mais
preciso, acurado, sedutor, tudo isso junto, sem privilegiar um aspecto
outro.
Ser comparado e sair vencedor é uma tarefa de muitas faces, e nessa
batalha muitas vezes travada em questões de segundos (tendo como arma o
Google), não resta nem sombra para um segundo lugar.
Ao conteúdo, diga: 'dê tudo de si'. Revire-o, explore suas qualidades,
explicite suas vantagens até estressar e trabalhe a objetividade até
deixá-lo em 'carne viva'. Vista-o para a batalha, portanto.
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